segunda-feira, 26 de abril de 2010

Sabe o que eu faço?
Às vezes não funciono só para derrubar a noitada dela!
É que tenho dispositivos que inibem o gosto da pasta dental.
Mas hoje não foi preciso. Está com dor de garganta (de novo). E aquelas olheiras de noites mal dormidas. Pobre espelho. Espero que encontre o rapaz bonito do corredor. Dos olhos verdes. Que a transportam para algum lugar em que se possa estar a sós. Mas duvido que se saísse bem. Eu fico no banheiro onde se guardam utensílios da satisfação e asseguro que por aqui nada disso entrou até hoje. Mas certas noites, em que quase amanhece feliz e sozinha, rouba a minha capa protetora e só devolve depois do almoço...

segunda-feira, 19 de abril de 2010

#debaixodosorriso

As solas deixaram marcas no piso de taco. Onde se arranja tanta terra na cidade grande? A chave ficou pra fora. Mais tarde o vizinho dindonga avisando. Ela chegou triste. Ou ela chegou feliz. Mas se está feliz é porque primeiro esteve triste. E eu sei que um não existe sem o outro. Eu vi quando ela deixou o celular em cima do sofá e foi pro quarto dormir. Eu ouvi quando o celular apitou às quatro da manhã. Mensagens costumeiras que já cortaram sono tantas noites. Que no final das contas não significam nada. No dia seguinte são apenas farelos de um impulso. Uma saudadezinha fermentada pelo álcool. Saudade à qual ela não responde mais. E não é indiferença. E não é estratégia. Apenas a tranquilidade cobiçada. Ela. A senhorita.
Nunca consegui ouvir seu nome. As mensagens me contariam? Ou seria um spam sem destinatário para quatro ou cinco garotas vulneráveis como ela. Como ela um dia foi! E não é mais. Não será. Não mais diante de seguranças efêmeras de um romance que um dia pode ser. Desse romance não. De outro talvez. #cuidadosenhorita... Não vá achar que redomas crescem conforme os dias passam.
Gostaria de olhar nos seus olhos e advertí-la pelo nome.

quarta-feira, 14 de abril de 2010

terça-feira, 13 de abril de 2010

Não sobrevivo apenas de sol e água, que desleixadamente ela mistura com o restinho do chá matte que provou pela manhã. Fico elétrico. Careço do olhar dela. Como aquele que ela gasta quando foca a fotografia 3X4, que guarda na gaveta das calcinhas. E o que pensam aqueles suspiros? Demoram como se rezassem. E de repente ela chora. E só eu sei reconhecer que é de alegria. Quem estampa a foto? Eu gostaria de testar essa atenção um dia. Isso e cortar as unhas do pé grandes e macias vindas de um pós-banho quentinho. Gostaria de ter olhos para agradecê-la.

domingo, 11 de abril de 2010

Ela está com dor de garganta sim.
E por que não sossega um pouco? Hoje tem Faustão. Ou qualquer um desses seriados da Cabo que faz ela grudar os olhos.
Menina rueira. Tão difícil ouvir o próprio silêncio? O que ele te diz? O barulho da cidade abafado pela janela. Ou tem amigos demais? Nada! Hoje vai na casa da tia comer feijoada. Depois sobra pra mim aquele cheiro de couve de que tanto odeio.

quinta-feira, 8 de abril de 2010

BOM DIA?

Tudo bem se ela chega bêbada e resolve fazer um macarrão com queijo.
Particularmente, eu não exageraria na noz-moscada.
Ou escovaria os dentes ANTES de dormir.

Ninguém merece trabalhar logo cedo num ambiente que fede a bílis temperada!