terça-feira, 13 de abril de 2010

Não sobrevivo apenas de sol e água, que desleixadamente ela mistura com o restinho do chá matte que provou pela manhã. Fico elétrico. Careço do olhar dela. Como aquele que ela gasta quando foca a fotografia 3X4, que guarda na gaveta das calcinhas. E o que pensam aqueles suspiros? Demoram como se rezassem. E de repente ela chora. E só eu sei reconhecer que é de alegria. Quem estampa a foto? Eu gostaria de testar essa atenção um dia. Isso e cortar as unhas do pé grandes e macias vindas de um pós-banho quentinho. Gostaria de ter olhos para agradecê-la.

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